terça-feira, 11 de março de 2014

Machado me entende...

QUEM Foi que o berço me embalou da infância Entre as doçuras que do empíreo vêm? E nos beijos de célica fragrância Velou meu puro sono? Minha mãe! Se devo ter no peito uma lembrança É dela que os meus sonhos de criança Dourou: - é minha mãe! Quem foi que no entoar canções mimosas Cheia de um terno amor - anjo do bem Minha fronte infantil - encheu de rosas De mimosos sorrisos? - Minha mãe! Se dentro do meu peito macilento O fogo da saudade me arde lento É dela: minha mãe. Qual anjo que as mãos me uniu outrora E as rezas me ensinou que da alma vêm? E a imagem me mostrou que o mundo adora, E ensinou a adorá-la? - Minha mãe' Não devemos nós crer num puro riso Desse anjo gentil do paraíso Que chama-se uma mãe? Por ela rezarei eternamente Que ela reza por mim no céu também; Nas santas rezas do meu peito ardente Repetirei um nome: - minha mãe! Se devem louros ter meus cantos d’alma Oh! do porvir eu trocaria a palma Para ter minha mãe!