segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Exatas (finalmente nos entendemos)

É possível ser menos você? Tem horas que me sinto menos eu. É como uma adição matemática que tem como resultado um número negativo. Um número negativo não é o mesmo que um número positivo, eles podem até ter características em comum, afinal, é o mesmo algarismo, com sinais diferentes. Os lugares onde estou mudam meu sinal. É o mesmo algarismo, mesmo rosto, mesmo corpo, com menos riso e menos liberdade; com um sinal negativo. Estou negativa. Mas nesse caso, não sei se é o lugar.
Um número positivo multiplicado por um número negativo se transforma em negativo. A troca do sinal ocorre quando surge o tal do -1. O -1 pode ser interpretado em matemática financeira como a "falta de um". Dessa forma, um número positivo, quando acompanhado da "falta de um" se transforma em um número negativo. Eu estou acompanhada da "falta de um". Sinto falta. Será por isso que estou negativa? Talvez seja os dois fatores.
Esse tal do "um, por coincidência ou não, é um número ímpar, como eu. Temos características em comum, pertencemos a um mesmo grupo, mas não somos iguais. Quando estou rodeada por esse grupo, dos ímpares, me sinto mais eu. Um número ímpar é um número par somado a um. E é esse um a mais que me faz positiva. Os números pares não possuem esse "mais um". É por isso que com eles me sinto menos eu. Não temos características em comum. Eles não entendem como é ser um número ímpar.
E entre tantos números, sinais e operações entendo agora o meu domínio. Pertenço aos números ímpares, se e somente se, eu estiver acompanhada daquele um que me falta. Nessas condições sou positiva. Hoje estou negativa. Agora vocês sabem porque.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

498Km

É inevitável! Já fiz planos! Por que sou sempre tão antecipada? Por que será que nunca consigo sentar no banco da praça e esperar? Serei uma velhinha inquieta, com certeza serei da cozinha porque cozinhar é agitado. Mas voltando: já fiz planos! O meu problema é esse, sempre espero demais. Não que eu saiba sentar no banco da praça porque, como eu disse, eu realmente não consigo, mas espero cegamente que o outro sinta o mesmo que eu, na mesma intensidade. E é por isso que sempre acabo frustrada no sofá sábado a noite. Tenho que aprender a não me antecipar. Estava disposta dessa vez, mas a semelhança tão grande não deixou. Ou melhor, eu não deixei. Acreditei ter entendido finalmente aquilo de arroz e feijão, e isso me deixava muito feliz. Ainda deixa. Na verdade, entender eu entendi. Só não sei se sou só eu. Talvez tudo isso seja efeito da falta. É normal, é o começo. Tenho medo só que ela acabe com tudo o que se deu nesse meio termo. E provavelmente irá. Mas eu não queria. Queria que continuasse igual, e que melhorasse e meus planos se concretizassem. Mas parece que comigo tudo é mais complicado. Isso também. Às vezes um só sinal já seria o suficiente, por agora. Pra que essa falta se cale por um tempo. Sei lá! Não sei o que fazer: parte de mim acredita, a outra não. Vozes, sorrisos, batimentos, músicas, fotos, abraços, sonhos, dizeres que me confundem. Frases curtas. Pensamentos longos. Dúvidas intermináveis. Me sinto tão. É, só!

Sei lás

Mania de sei lás. Sei lá se é ilusão. Sei lá se sou só eu. Sei lá se devo ir em frente. O sei lá é uma herança. Saudade de sei lás. Sei lá.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"Somewhere over the rainbow..."

Tem um arco-íris na minha janela. Faz tempo que eu não paro pra olhar um arco-íris, identificar suas cores, mensagens e lendas. Sete pinceladas da vida saindo de minha janela! Você quer me enviar algum sinal J.? É algo sobre as antigas cartas? Ou é você mesmo?
Acordei nessas últimas manhãs com uma voz vinda de fora. Uma voz como a sua! Quis conferir se era você mesmo, mas hesitei: poderia ser algum vizinho ou alguém que passou e a decepção não me faria nada bem, muito menos agora, que estou começando a acostumar. Talvez seja esse batalhão de coisas a pensar, sobra menos tempo pra pensar em você. Não é a melhor forma de esquecer, mas por enquanto, é a que tenho encontrado. Se amanhã eu ouvir a tal voz de novo vou atrás dela, não vou aguentar mais me segurar!
Mas de volta ao arco-iris. Arco-íris me deixam tão feliz! São alegres! É como se o céu estivesse sorrindo pra mim e me desejando um bom dia! Bom dia pra você também céu! Céu, você acha que vai dar tudo certo? Obrigada por colocar um arco-íris na minha janela! Eu sorri.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Nino Quincampoix

O que é preciso? Um livro de fotografias? E se eu não tiver o tal livro de fotografias? Ser eu? Será que vai dar certo? E quando é que não sou eu? Tricotar enquanto vejo os ponteiros se despedindo? Esperar a campainha? E será que funciona? De vez em quando eu não sei, agora por exemplo. Você aí! Não pode me dar uma resposta?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Por quês?

Sócrates, por favor me abandone! Já cansei de tantas perguntas!

"Perhaps..." (?)

Me sinto uma boba. Sinto falta. Sinto falta do que nem sei o que é. Sinto falta daquele calor, daquela água, daquele bom dia. Talvez seja você M., talvez seja você indo além, de novo.

Será?

O formspring me deixou incomodada com uma pergunta. Agora fico pensando como eu poderia fazer com que isso deixasse de ser uma hipótese e virasse realidade. Me seria muito útil! Será que funcionaria? Será que finalmente depois de tantos fracassos eu conseguiria? Já pensei tantas vezes na possibilidade, acho que daria tão certo! Mas existem ainda outros serás que me atormentam. Como por exemplo o que não vem de mim.

"Everybody needs a co-pilot"

"Would you be my co-pilot?"

Do filme "Up in the air"

A (suposta) resposta

Querida M.,

"No meio do caminho havia uma pedra. Havia uma pedra no meio do caminho."
Uma pedra não deveria ser o suficiente para derrubar alguém. Existem muitas pedras ao longo do caminho, principalmente no seu M. Seja forte o suficiente para, sem perder a postura, retirá-la dali, seja ela pesada o quanto fôr. Seu caminho continua apesar do tamanho da pedra ou do lugar onde ela se encontra. Afinal, olhe o lado positivo, é apenas uma pedra, não é um muro. Esse é o meu conselho para você, tenho certeza que vai dar conta do recado.
Tenho muitas saudades!

Com muito carinho,
J.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Para o início do fim

Verbo Ser

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"Lembre-se de acreditar sempre!" F.A.

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz." Clarice Lispector

Querido J,
Essa semana foi uma semana de realização de sonhos, vc ficaria orgulhoso!