quinta-feira, 20 de agosto de 2009

On my own - L.M.

O trem apita, sobe mais um com a bagagem.
Aos poucos, apagado pela fumaça, some o rosto de uma criança aos prantos, sozinha, com medo do caminho de volta. E em sua cabeça o eco da pergunta intensifica o choro: Por que o trem insiste em partir?

"A estrela que escolhi não cumpriu com o que eu pedi, e hoje não a encontrei. Pois caiu no mar, e se apagou. Se souber nadar, faça me um favor! O milagre que esperei, nunca me aconteceu..."
F.A.

sábado, 15 de agosto de 2009

'O que se perde enquanto os olhos piscam' F.A. - Desenvolvimento

Um dia vais perceber que tua carteira ficou na primeira esquina dessa rota, os óculos escuros na frente da casa amarela, o par de brincos em cima da mangueira, o colar no mar, o batom no chão, a presilha no mercado, o anel na lixeira, o leite no portão, a chave na fechadura, a tartaruga na rua, o par esquerdo no caminhão, o pote no telhado, a abelha no poste, o berço na ladeira, o almoço na mesa, a mão no bueiro e da borracha nem se tem sinal.

Querido J., só me pergunto a finalidade.

'O que se perde enquanto os olhos piscam' F.A. - Introdução

'Pronde foi a versão original?
São Longuinho, São Longuinho, me fale, me dê um sinal!'
F.A.

Querido J. se souber, faça-me um favor...