domingo, 28 de agosto de 2011

A madurecência

O que faz parte de mim.
Prioridade.
Todo dia: um parto.
Parto-me.
Aborto certas convicções
O primeiro senso É a fuga.
Primeiro o medo, lógico, daí então a fuga.
Uma inquietude.
A juventude plena e com planos se esvai
E a tensão que parece nunca não passar
Harmonizar o tom.
Movimento. Som.
Um pouco mais de paciência.
Três meses.
O que me pertence.
A alma que grita.
A Murta que geme.
O ovo.
O Medonho.
O que está escrito em minha pele, em minha alma.
Aquela alma que ficou lá, com coração e pés.
O corpo que está aqui.
Sem sal.
Sem vida.
Amorfo.
O que é meu?
O que sou eu?
Onde estou?
E eu? E eu?

Íntimo de ser, seja

Por favor, pára!
Me dê meus sapatos.
Vocês todos, sumam daqui! Os que importam guardo comigo.
Me diga onde é a sala mais próxima.
Só preciso da madeira e do espelho.
Me dê um tempo
Um contratempo
Uma pausa
.