domingo, 25 de julho de 2010

Contratempos e Tempo

Preciso de um Tempo pra mim.
Durante esse Tempo peço que não cobrem nada de mim, não peçam que eu faça nada, não briguem ou alterem o tom de voz comigo, não me dirijam aqueles Olhares, não dêem motivos para meu choro ou angústia, não me desapontem, não digam que eu faço tudo errado, ou que preciso me organizar ou que preciso parar de me mutilar, eu sei, e as chamadas de atenção rotineiras não provocam uma grande mudança. Não falem dos seus problemas em minha presença, por favor, eu já tenho os meus, sem tempo disponível para serem resolvidos ou dialogados, e ouvir os dos outros desperta em mim o sentimento de culpa ou de compaixão, a vontade de, sem recursos para tal, resolvê-los. Não me abandonem e não me prive de minha felicidade, aceitem onde ela está e fiquem felizes por tê-la encontrado.
Ouçam o meu desabafo contido. Enxuguem as minhas lágrimas se for preciso. Me consolem. Deixem que por um tempo eu preste atenção só em mim. Não é preciso falar nada, quero ouvidos e colos. Me abracem. Cantem alguma música para mim. Se eu fizer algo legal, reconheça. Entendam que, apesar de gostar de fazer ou concordar com vocês, eu preciso desse Tempo, para que todos os nãos sejam suportáveis.
Agradeço desde já.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ponto final

Tenho medo do fim. Não gosto de hipóteses, acho que cada um merece seu final feliz. Maldita seja a tal da Carochinha

O silêncio da pausa

"Silêncio são os sons não-intencionais"
Isso explica aquela sinfonia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Smile

O que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar?
Uma rua? Passear?
Um doce, uma dança, um beijo ou goiabada com queijo?
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde, arroz com feijão, matar a saudade, o aumento, a casa, o carro que você sempre quis, ou são sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a sede, ler ou viver um romance?
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa, um cafuné, café com leite, rir atoa, um pássaro, um parque, um chafariz, ou será o choro que te faz feliz?
A pausa pra pensar, sentir o vento, esquecer o tempo, o céu, o sol, o som, a pessoa, ou o lugar?
Agora me diz, o que faz você feliz?

Feliz dia do amigo J.
Tenha um ótimo novo dia!

domingo, 18 de julho de 2010

Pausas são sons

Luft: s.m. 2. Ausência de ruído.
Discordo, ouvia uma sinfonia em mim.

Não sei, leia na minha camisa

Talvez eu devesse ficar quieta, mas é difícil

Fique peixe

Querido J.,

Na minha falta em traçar limites, impuseram-me um. Bem-feito, todos me avisaram!
Talvez também estejam me mostrando que é impossível ser completamente independente, precisamos de alguém, seja pra tomar banho, amarrar o cabelo, chorar, estar sempre no quarto ao lado, ou na janela laranja embaixo.
Acho que eu entendi o propósito, quem sabe à força eu aprenda!
Não deixe que ela escorregue e te traga mais dor!

M.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Camarada, viva a vida mais leve!

Conversa de adulto:
- Oi? Tudo bem, como você está?
- Tudo bem, uma correria!

Nunca pensei que em tão curto intervalo de tempo seria uma fala minha. Será que não me deram o script errado? Não consigo representar esse papel bem, e não conseguir fazer as coisas bem me deixa tensa. Grito, xingo, dou oportunidade para as varizes, como, mexo nas espinhas, e como diz S., sou um monstro. Mas como levar a vida mais leve?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Crise existencial, a mesma de todo o meu sempre



Querido J.,

Talvez o problema seja meu: excesso de ingenuidade. Desde a época de prézinho ouço os conselhos de minha mãe: - Não seja tão boazinha com todo mundo, porque não vão podem te oferecer tudo o que você quer.
Mas nunca aprendi a lição, nem na terceira, nem na quarta, nem na oitava, nem no terceiro. Continuo esperando demais, quantas cartas já escrevi disso?
É pedir demais?
Você se interessava...
A T. tenta, fico feliz!

M.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O Vento na Ilha

Pablo Neruda

A dois passos

Foi um semestre de perdas, o que foi bom. Não é insensibilidade, é claro que eu perdi as minhas peças preferidas, e os sonhos e as lembranças entrelaçadas aos seus fios, porém agora quase nu, estou de volta à minha forma natural do Paraíso, me conheço em singularidade, em cada articulação, em cada nó, talvez tenha sido a ajuda da Graham.
E não me interessa procurar esse perdido, nem São Longuinho há de me ajudar, ele também vê não muito longe daqui o achado e entende o quanto preciso dele para construir-me. Não se preocupe, apesar da aparente fragilidade, sinto a força interna das luzes roxa e dourada, livrar-me do outro foi apenas uma maneira de alcançar essa naturalidade, é uma parte do processo. Estou segura. Todos precisam do nu artístico para aprender a ser essência, muito mais. Quem foi que disse que o nu artístico é ruim?

sábado, 3 de julho de 2010

Diouquinho



Querido J.,

"Pois você sumiu no mundo sem me avisar e agora eu era um louco a perguntar:
- O que é que a vida vai fazer de mim?"
C.B.

Espero você pra vir comer conosco!
Eu amo você!

Com muito carinho e saudades,
M.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eu caso, sem caso

Nem J., nem C., nem homem, nem mulher, nem menino, nem menina, nem árvore. Nadie.
Promessa é dívida.
Pena que não é válida, não sei.