quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores

Não lembro cores, apesar de querer que, em vezes como essa, fosse assim. Imagine só, retrataria por pinceladas abstratas as emoções mil que me envolvem, seria até bonito. E muito mais fácil também. Tenho a tendência de cair no meu clichê de substantivos vomitados a sós com um certo tom de mistério. Às vezes, consigo até ouvir a música de efeito em meus textos: tã nã nã nãã...
Sei lá, eu lembro emoções. Lembro do arrepio e do tremor esvaindo-se do toque e dos poucos segundos que bastavam para que as lacunas estivesses completas. E aquela cerca viva que me matava há tempos, era a lenha da minha lareira interna. Conforto.
Eu também lembro dos agrados, chamegos, carinhos, ósculos, entre-laços, olhares, piscadas, caminhada, risos, diálogo, barulho, massagem [...] Como a relação dos azuis com Pandora: orgânica, natural e ...
Ahh se... (sorriso triste)
Volto ao clichê! Sei lá.
E lembro porque minha memória empretejada me trai: priva-me do que queria infinito e arquiva a sete chaves o que não quero. Não me leve a mal, se não quero eternizar é uma forma de resguardar-me diante de tamanho impasse. Entende? É difícil... Eu queria lembrar cores também!
A existência da mesma crise é de sempre, mas se por algum acaso ela definir-se a favor, grita!
Por enquanto, durma com os anjinhos e não cai da cama!
Se cuida!

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