Não lembro cores, apesar de querer que, em vezes como essa, fosse assim. Imagine só, retrataria por pinceladas abstratas as emoções mil que me envolvem, seria até bonito. E muito mais fácil também. Tenho a tendência de cair no meu clichê de substantivos vomitados a sós com um certo tom de mistério. Às vezes, consigo até ouvir a música de efeito em meus textos: tã nã nã nãã...
Sei lá, eu lembro emoções. Lembro do arrepio e do tremor esvaindo-se do toque e dos poucos segundos que bastavam para que as lacunas estivesses completas. E aquela cerca viva que me matava há tempos, era a lenha da minha lareira interna. Conforto.
Eu também lembro dos agrados, chamegos, carinhos, ósculos, entre-laços, olhares, piscadas, caminhada, risos, diálogo, barulho, massagem [...] Como a relação dos azuis com Pandora: orgânica, natural e ...
Ahh se... (sorriso triste)
Volto ao clichê! Sei lá.
E lembro porque minha memória empretejada me trai: priva-me do que queria infinito e arquiva a sete chaves o que não quero. Não me leve a mal, se não quero eternizar é uma forma de resguardar-me diante de tamanho impasse. Entende? É difícil... Eu queria lembrar cores também!
A existência da mesma crise é de sempre, mas se por algum acaso ela definir-se a favor, grita!
Por enquanto, durma com os anjinhos e não cai da cama!
Se cuida!
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