domingo, 17 de janeiro de 2010

O Navio Fantasma

Querido J.

Depois de um longo tempo sem ver aquele velho navio, ontem o vi em alto-mar. Meu coração me contou em segredo que ele sentia falta daquela euforia que tivera na véspera da viagem. Fiquei sem reação, apressei o passo enquanto tentava segurar as várias emoções que pareciam saltar de mim. Fugi, como é de costume. Atrás de uma pilastra, observei-o. Fiquei a imaginar como seria aquela viagem, e por que não acontecera. Tudo aquilo que me perguntei na época e ainda pergunto. Ele continuava imponente, e diante de tanta magnitude me senti minúscula. O navio era muito importante pra mim, queria que um dia ele me explicasse. Ele já partira em outras aventuras depois de então, enquanto eu continuo a esperá-lo, ou a esperar aquela euforia toda. Por enquanto, ela tá escondida. E eu ainda não entendo.

Com amor,
M.

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