Querido J.,
Um ano. Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos. É muito tempo sabia?
Sinto sua falta mais que sinto qualquer outra coisa. É incrível como nunca encontrei alguém como você. E provavelmente nem vou encontrar. Estou duplicando distâncias e criando as que não tinha, talvez seja uma forma de esconder ou proteger. A nossa ainda pesa, dói, desmancha. Às vezes seja até besteira, mas houve uma certa "introversão" minha desde então. É verdade que encontrei o meu eixo original, mas de forma contraditória me perdi do que sempre foi característica minha, a simples alegria do ser. Contraí-me, e continuo. Estou aprendendo a me acorrentar a mim, e só, outras correntes só aumentam o peso e a dificuldade.
Imaginei várias vezes como seria a despedida, se estaria algum dia pronta para fazê-la e descobri que não. Não estarei pronta para me despedir tão cedo. Já me acostumei com a falta, apesar de sentir falta de conversar apenas por conversar, esses dias principalmente. Mas penso que foi bom pra você, e pra mim. Você foi atrás de atenção e menos turbulência, e eu aprendi a "independer", a crescer. Estou mais madura, você ficaria orgulhoso. Espero sinceramente que você esteja bem, e tenho certeza que está fazendo várias piadinhas por aí, e que estão rindo com você, assim como eu fazia há um ano atrás.
Não é mais saudade, são os sintomas de falta. Queria que fosse melhor, mas impeço-me!
Mande notícias, guardo você comigo!
Com carinho,
M.
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