sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Passa?

Ainda com medo e ainda com dúvidas.
Quando é que vai clarear? E o sertão? Vai virar mar?
A vida é feita de escolhas.
Sinto que eu não mereço, mas se é assim é porque tem um propósito, que eu não sei. Pra variar.
"O que fôr pra ser vigora." Mas porque tem que ser assim?
Não sei, e me apavora pensar no lado que fica. No coração que fica, nas possibilidades que ficam, na parte minha que fica.
Eu sei, que "sempre existe o voltar" e que "é preciso tentar", mas eu tenho medo do tempo, porque ele vai e não volta. Esse tempo que corre, que voa e a gente nem vê se passou. Você sabe? Você viu? Mande notícias! Engatinhe se possível! E enquanto isso, outros, porque eles não pararam.
Cada ano teve o seu tema, o seu crescimento, será o fim? Ou um recreio? Não, agora eu tenho intervalo. Um recesso! Prolongado? Não, eu não quero!
Então eu lembro daquelas conversas naquele sábado de manhã tão bonita, naquela sala cheia de inspirações e conhecimento, naquele sofá branco, naquela coxia, naquelas seis cadeiras laranjas. Lembro dos avisos, lembro das interpretações, das listas, da eterna indecisão, das dicas, e das falas. Lembro muito dos avisos. Porque alguém sempre tem que avisar...
É fato,a obstinação me ajuda a saber, mas me atrapalha a ver.
Agora eu vejo. E tudo me apavora.
A divisão dupla, e o ficar. Ah, o ficar!
Ah, a eterna saudade!
"Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, e a beleza que existe?" Cadê?
Ah, a bossa nova de Tom Jobim!
E eu ainda não achei a letra da música daquele sábado musical de manhã tão bonita. "Passa?"

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